Arte: Ângelo de Sousa expõe obras inéditas em Santa Maria da Feira
Feira, Aveiro, 30 Jan (Lusa) - O artista plástico Ângelo de Sousa expõe a partir de sábado na Galeria ao Quadrado, em Santa Maria da Feira, desenhos e esculturas nunca antes apresentados ao público.
A exposição, que integra 26 desenhos e duas esculturas em aço inoxidável, estará patente até 7 de Março.
"A maioria dessas obras foi criada nos anos 70, mas a exposição também tem alguns trabalhos de 2005. O factor comum a essas obras é que nenhuma esteve exposta antes", disse Fátima Luz, directora da Galeria.
Esta é a segunda vez que Ângelo de Sousa expõe em Santa Maria da Feira, "onde participou há muitos anos numa colectiva de escultura no Museu Convento dos Lóios", recordou a galerista.
Desta vez, o artista mostra, sobretudo, desenhos que, como confessa no texto do catálogo, foram concebidos "para enganar o tédio e a monotonia de inúmeras reuniões (antes e depois de Abril de 1974)", quando era funcionário público.
"Como o papel era bastante barato, podia fazer enormes quantidades de desenhos, sem grandes preocupações com a despesa. A princípio, usava uma caneta de tinta permanente, depois, um marcador com tinta preta, de fabrico inglês, marca Flo-master", conta.
Ângelo de Sousa recorda ainda que aquela "era uma ferramenta usada exclusivamente pelos aspirantes a artistas da Escola do Porto". "Acho - observa - que em Lisboa nunca pegou, mas dava gosto utilizá-la".
Nascido em Maputo (então Lourenço Marques), em Moçambique, a 2 de Fevereiro de 1938, Ângelo de Sousa mudou-se para o Porto em 1955, para estudar Pintura na Escola Superior de Belas Artes (que é agora a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto).
Leccionou na Faculdade entre 1962 e 2000, ano em que se jubilou como professor catedrático.
Em 1968, juntamente com Armando Alves, Jorge Pinheiro e José Rodrigues, formou o grupo "Os Quatro Vintes", que se desfaz em 1972.
Em 1975, foi galardoado com o Prémio Internacional da 13.ª Bienal Internacional de Arte de S. Paulo.
Participou em diversas exposições em Portugal e no estrangeiro, motivando uma mostra antológica na Fundação de Serralves, em 1993.
Também na Fundação expôs os seus trabalhos de Fotografia realizados ao longo de 10 anos.
Em 2000, venceu a primeira edição do Grande Prémio EDP e, em 2007, o primeiro Prémio Gulbenkian na categoria Arte.
AYC.
Lusa/Fim
A exposição, que integra 26 desenhos e duas esculturas em aço inoxidável, estará patente até 7 de Março.
"A maioria dessas obras foi criada nos anos 70, mas a exposição também tem alguns trabalhos de 2005. O factor comum a essas obras é que nenhuma esteve exposta antes", disse Fátima Luz, directora da Galeria.
Esta é a segunda vez que Ângelo de Sousa expõe em Santa Maria da Feira, "onde participou há muitos anos numa colectiva de escultura no Museu Convento dos Lóios", recordou a galerista.
Desta vez, o artista mostra, sobretudo, desenhos que, como confessa no texto do catálogo, foram concebidos "para enganar o tédio e a monotonia de inúmeras reuniões (antes e depois de Abril de 1974)", quando era funcionário público.
"Como o papel era bastante barato, podia fazer enormes quantidades de desenhos, sem grandes preocupações com a despesa. A princípio, usava uma caneta de tinta permanente, depois, um marcador com tinta preta, de fabrico inglês, marca Flo-master", conta.
Ângelo de Sousa recorda ainda que aquela "era uma ferramenta usada exclusivamente pelos aspirantes a artistas da Escola do Porto". "Acho - observa - que em Lisboa nunca pegou, mas dava gosto utilizá-la".
Nascido em Maputo (então Lourenço Marques), em Moçambique, a 2 de Fevereiro de 1938, Ângelo de Sousa mudou-se para o Porto em 1955, para estudar Pintura na Escola Superior de Belas Artes (que é agora a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto).
Leccionou na Faculdade entre 1962 e 2000, ano em que se jubilou como professor catedrático.
Em 1968, juntamente com Armando Alves, Jorge Pinheiro e José Rodrigues, formou o grupo "Os Quatro Vintes", que se desfaz em 1972.
Em 1975, foi galardoado com o Prémio Internacional da 13.ª Bienal Internacional de Arte de S. Paulo.
Participou em diversas exposições em Portugal e no estrangeiro, motivando uma mostra antológica na Fundação de Serralves, em 1993.
Também na Fundação expôs os seus trabalhos de Fotografia realizados ao longo de 10 anos.
Em 2000, venceu a primeira edição do Grande Prémio EDP e, em 2007, o primeiro Prémio Gulbenkian na categoria Arte.
AYC.
Lusa/Fim
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